TRILHA FOLCLÓRICA - EM BUSCA DO CAÇADOR PORCO (Roteiro para recreação infantil)

TRILHA FOLCLÓRICA – EM BUSCA DO CAÇADOR PORCO
PERSONAGENS (guias)
Príncipe Escamado
Criado

PERSONAGENS (aparições)
Espantalho
Boneca de Pano
Caçador

BONECOS (ou símbolos)
Uirapuru
Saci 

1. O criado apresenta o Príncipe Escamado às crianças e conta sobre seu reino mágico: “O Reino das Águas Claras”; como um ritual pomposo e real, o Príncipe faz roda e canta uma ciranda. 

“Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria

Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia”

2. O espantalho surge desesperado contando notícias sobre a floresta; ele avisa que um caçador tem feito maldades com o bosque, jogando lixos e desmatando. O Príncipe decide ajudar e chama as crianças para essa aventura.
3. Entram no bosque mágico; o Príncipe tem a ideia de pedir ajuda à Iara, mãe d’água; no meio do caminho encontram um colar de pérolas; mais a frente encontram bolhas de sabão e um espelho. 
4. Encontram a boneca no riacho. Ela está se despedindo de Iara; a expedição tenta contato com a boneca que fala que Iara não poderá ajudar, pois tem medo de muita gente. Mas que deixou uma pista de onde o caçador poderá estar. A boneca entrega a primeira garrafa. 
1ª Garrafa:
 “Querido diário, eu não sou um homem mal. Mas preciso provar pra todo mundo que as lendas existem. Eu sequestrei o Uirapuru. É um pássaro vermelho que é o melhor cantor da floresta. Ele era um índio que se apaixonou pela mulher do Cacique, e que pediu ao deus Tupã para se tornar um passarinho bem bonito para poder ficar perto de sua amada. Agora ele é meu. Se quiserem me encontrar basta procurar por outros seres mágicos, pois vou sequestra-los também. 
Assinado: Eu, o caçador.”
5. A boneca propõe uma parlenda como troca de sua ajuda
“O doce perguntou pro doce: qual é o doce mais doce que o doce de batata doce? O doce respondeu pro doce, que o doce mais doce que o doce de batata doce é o doce de...?”
6. Vamos chegar na parte mais mágica do bosque e é necessário uma iniciação. Ocorre uma encenação nesta sequência:

Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas

Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)

a) O Príncipe conta sobre o boitatá.
(Eu sou o Boitatá. Sou uma gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que o incendeiam. Vivo nas águas e posso me transformar também numa tora em brasa, queimando aqueles que põem fogo nas matas e florestas.)
b) O Espantalho conta sobre a mula sem cabeça.
(Sou a Mula sem Cabeça. Quando viva, eu era uma mulher bem bonita, e fui castigada e destinada a viver na forma de uma mula. Eu vomito fogo pelas ventas, e apareço galopando pelos campos do entardecer das quintas-feiras ao amanhecer de sexta feira. 
c) A boneca conta a história do lobisomem.
(Sou o lobisomem. Sou o sétimo filho numa família de seis irmãs. Por isso, fui condenado a me transformar todas as sextas-feiras de lua cheia na figura de meio homem meio lobo. Se eu te morder, você será como eu. (ouve-se um uivado)
d) O criado diz que conhece um lobisomem de nome Totó.

Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)

7. O portal; as crianças passam pela ponte mágica que é a permissão para poderem adentrar. 
8. Segue a trilha; encontram penas vermelhas na oca do índio; continuam; encontram um cachimbo; logo depois um gorro vermelho. 
9. Encontram outra garrafa:

“Querido diário, eu sequestrei o Saci-Pererê. Vou ficar rico. K-k-k-k-k. Ele é um protetor da floresta que não sabe nem se proteger. É um negrinho de uma perna só, que usa um gorro vermelho e fuma um cachimbo fedorento. Se quiserem me encontrar basta pular com um pé só, como o Saci, e desvendar essa parlenda: Fui à feira
Encontrei uma coruja, Pisei no rabo dela, Ela me chamou de...?”

Assinado: o mais bonito caçador”

Eles descobrem a parlenda.

10. A expedição continua a trilha pulando com um pé só.

“O sapo não leva o pé,
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer.”

11. Chegam à segunda clareira; os Protetores da Natureza; encontram lixos e separam por tipo incentivando a reciclagem; é entregue os amuletos às crianças, os tornando em novos protetores da floresta. Contam-se histórias sobre os protetores:

“Alecrim, alecrim, dourado”

“Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, põe
Deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá.”

a) O Príncipe conta sobre o Curupira
(Eu sou o Curupira. Protejo a floresta dos caçadores e dos malfeitores. Assovio alto e agudo, tenho os pés virados para trás, e crio ilusões para espantar os indesejados)
b) A boneca conta sobre Caipora
(Eu sou a Caipora. Reino sobre todos os animais e destruo os caçadores que não cumprem o acordo de caça. Meu corpo é todo coberto por pelos. Vivo montado numa espécie de porco-do-mato e carrego uma vara. Não gosto da claridade e faço brincadeiras com minhas vítimas)
c) O espantalho conta sobre o Saci (reconstituição do crime; com boneco)
(Eu sou o mais conhecido personagem do folclore brasileiro. Sou o saci! Eu gosto de pregar peças nos lenhadores e caçadores. Protejo a natureza de todo o mal. Mas eu tenho meu jeitinho especial. Bom, o que aconteceu neste caso, foi mais ou menos assim. O saci, eu, estava recolhendo alguns lixos deste lugar quando de repente um homem bem alto surgiu de trás desta árvore. Eu não me assustei de começo, porque ninguém pode me capturar. Mas, porém, existe alguns jeitos. Uma peneira no rodamoinho, ou uma garrafa! E ele tinha uma garrafa! Ele me prendeu e agora eu estou desaparecido!”

AH!

(HIP-HOP)
“Batatinha quando nasce
Espalharrama pelo chão
Menininha quando dorme 
Põe a mão no coração.”

O criado diz que viu o Curupira e sai correndo atrás dele de costas para pedir ajuda.

12. Continuam a trilha.
“Hoje é domingo
 Pé de cachimbo
O cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é fino
Bate no sino
O sino é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
Acabou-se o mundo.”

13. Encontram o chapéu do caçador; mais a frente encontram um acampamento recém abandonado; ao lado de um machado num tronco, encontram um diário.
 “Querido diário, alguém roubou suas páginas. Eu estou tendo problemas com esse Saci-Pererê. Ele é mais esperto do que eu imaginava. O Curupira está me assombrando. Desisti de sequestrar mais seres mágicos. Preciso de ajuda. Para me encontrar sigam as pegadas do Curupira. Mas atenção, que elas são ao contrário.” 
14. Andam mais um pouco, e encontram pegadas ao contrário; 
15. Encontram, por fim o Caçador chorando desolado se despedindo do Saci-Pererê de dentro da garrafa. 
16. O Príncipe indaga o Caçador, que pede desculpas por tudo. Ele está arrependido de ter maltratado a floresta. Ele explica que na verdade gostaria que todos soubessem da existência dos personagens folclóricos, para que eles pudessem aprender. Todos desculpam o Caçador.
17. Por fim, eles libertam o Uirapuru de dentro de uma gaiola.
18. Música final. 
“Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria

Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia”

FIM



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